sexta-feira, 17 de setembro de 2010

"Eu não vou mais tolerar o que não for incrível" (F.M)

Estava lendo um texto da Fernanda Melo, onde dizia a frase título dessa postagem! É bem incrível como essa frase resume TUDO o que tenho vivido nos últimos meses.
Primeiro um estalo e a conscientização de que quando se ama o errado, não vale a pena bater de frente porque ele não vai se transformar no certo. Apenas aceite e ame.
Segundo veio a minha anulação. Achando que o fato de não demonstrar mais minha insatisfação, era um ato de amor! E cada vez mais isso foi me esmagando. Numa afensa deixada pra lá em nome do cinema bom no fim da noite, ou numa desconfiança desnecessária engolida a seco em  nome do suor de uma noite de amor.
E eu vou ser sindera, poderia continuar vivendo assim durante um bom tempo, só me apegando aos momentos sublimes para ignorar as catástrofes diárias, sim eu poderia, mas se não fosse sozinha...
Num determinado momento eu olhei para esses meses pós estalo e percebi que sim o meu esforço em focar o bom estava sendo proveitoso, mas enxerguei que isso só vinha de mim, e que eu não poderia fraquejar em momento algum, pois aí estaria tudo perdido... pois o outro lado continuava, além de revirar as feridas, a focar somente em uma coisa... as mágoas antigas! E aí gente, aí não há força, amor, compreensão, anulação que supere, porque o apego ás mágoas destrói não só a pessoa, mas tudo que está por perto.
Bom, foi assim que eu saí disso tudo... destruída! Porém consciente de que fui ao extremo, e que a partir do momento que eu tive certeza que sim era ELE, eu fui visceral na minha busca e lutei com todas as forças pra entender e permanecer ao lado sem me deixar abater, mas todo mundo tem um limite e o meu chegou, enfim.
E eu até entendo que não faça por mal, mas ME faz mal! E eu estou travando uma batalha comigo mesma pra não ceder mais ao meu lado "boazinha" em nome do amor! Batalha diária, difícil, porém cada pequena vitória é uma glória e assim tem sido...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sua mente contra você!!!

Mais um dia no controle!!!
Desde a decisão de seguir em frente... me surpreendo em como o foco está sendo mantido, não cedendo espaço pras antigas confusões.
Diversas vezes me peguei confundindo saudade com costume, vontade com comodismo, lembranças póstumas de felicidade com minúsculos momentos de prazer. Talvez numa ânsia desvairada de agarrar e guardar numa caixinha de cristal o que um dia foi tão especial e precioso... mas que há muito não era! 
Enfim, tem sido uma batalha diária, porém com grandes vitórias conquistadas a cada suspiro de contentamento e prazeres simples. E tenho rido muito com o livro que estou lendo no momento, "Comer, Rezar e Amar - de Elizabeth Gilbert". Preciso compartilhar aqui um trecho muito bom que representa um pouco dessa minha luta pra me manter no controle da minha própria mente!

"... já que a conversa entre mim e minha mente durante a meditação, em geral, é mais ou menos assim:

Eu: Tudo bem, vamos meditar agora. Vamos levar a atenção para a respiração e nos concentrar no mantra. Om Namah Shivaya. Om Namah Shiv...

Mente: Posso ajudar você a fazer isso, sabe?

Eu: Tudo bem, ótimo, porque preciso da sua ajuda. Vamos lá. Om Namah Shivaya. Om Namah Shi...

Mente: Posso ajudar você a pensar em imagens legais para meditação. Como, por exemplo... ei, essa aqui é boa. Imagine que você está em um templo. Um templo em uma ilha! E a ilha está no oceano!

Eu: Ah, essa imagem é legal mesmo.

Mente: Obrigada. Fui eu mesma que inventei.

Eu: Mas qual é esse oceano que a gente está imaginando?

Mente: O Mediterrâneo. Imagine que você está em uma daquelas ilhas gregas, com um
antigo templo grego. Não, esqueça isso, é turístico demais. Sabe o que mais? Esqueça o
oceano. Oceanos são perigosos demais. Tenho uma idéia melhor: em vez disso, imagine
que você está em uma ilha em um lago.

Eu: Será que a gente pode meditar agora, por favor? Om Namah Shiv...

Mente: Isso! Quero mesmo ajudar você a meditar! E é por isso que a gente vai desistir da imagem da ilha no lago ou no oceano, porque é óbvio que não está funcionando. Então vamos imaginar que você está em uma ilha em... um rio!

Eu: Ah, você quer dizer tipo a Ilha Bannerman, no rio Hudson?

Mente: Isso! Exatamente! Perfeito! Portanto, para concluir, vamos meditar sobre essa imagem...  imagine que você está em uma ilha no meio de um rio. Todos os pensamentos que passam flutuando enquanto você medita são só as correntes naturais do rio, que você pode ignorar, porque você é uma ilha.

Eu: Espere aí, pensei que você tivesse dito que eu era um templo.

Mente: É, é isso, desculpe. Você é um templo sobre uma ilha. Na verdade, você é ao mesmo tempo o templo e a ilha.

Eu: Eu sou o rio também?

Mente: Não. O rio são apenas os pensamentos.

Eu: Chega! Por favor, pare! VOCÊ ESTA ME DEIXANDO LOUCA!!!

Mente (magoada): Desculpe. Eu só estava tentando ajudar.

Eu: Om Namah Shivaya... Om Namah Shivaya... Om Namah Shivaya...

Há uma pausa promissora nos pensamentos que dura oito segundos. Mas então...

Mente: Você agora está brava comigo?"

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Medusas da Lua

A imagem de fundo do blog tem um motivo muito especial para estar aí...

"A medusa-da-lua (Aurelia aurita), é uma alforreca (ou água-viva) comum em todos os oceanos do planeta. Elas não têm cérebro, coração, nem pulmões ou ossos. Parecem mais um punhado de gelatina, com longos cordões pendurados. Mas as medusas devem ser as campeãs de adaptação e resistência. Povoam os mares com o mesmo formato e metabolismo de seus ancestrais, há cerca de 700 miihões de anos. São animais semi-transparentes e com uma coloração variável. Os traços mais visíveis são as quatro gónadas em forma de ferradura, geralmente de uma cor viva, amarela a alaranjada."

Visivelmente belas, quase invisíveis de tão delicadas, donas de uma balé supremo e de um mistério hipnotizador, essas belas criaturas são tão mortais quanto genuínas!

"O principal segredo do recorde de sobrevivência das medusas está nos minúsculos arpôes carregados de uma toxina (nematocisto), que pode causar Anafilaxia, reação alérgica sistémica, severa e rápida, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea. O tipo mais grave de anafilaxia — o choque anafiláctico — termina geralmente em morte. Com seu apetite, são capazes de engolir enormes quantidades de água e alimento. E, mesmo quando não aguentam mais comer, continuam matando, o que tem um efeito devastador sobre a vida marinha."

Confesso que quando li essa informação faltal sobre as incríveis águas marinhas, fiquei mais apaixonada! O fato de serem tão antagônicas é fascinante. Ora sutis, ora mortais... ora belas, ora devastadoras. A materialização de toda a INTENSIDADE que eu vivo... E assim nasce o meu espaço de descarga!!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Intensiteh

Intensité - do francês INTENSIDADE!!! ´

Escolhi essa porque além de ser uma palavra gostosa de se falar, é completa e extremamente ajustada a tudo que eu pretendo expressar aqui. Um pouco dessa intensidade que me cerca, de todas as formas, por todos os lados! E que se embaralha toda dentro de mim!

É um momento de acontecimentos, mas particularmente um momento de mudanças. Com aquele friozinho na barriga de vontade de coisa nova, sabe? Vontade de atitudes novas, atitudes que libertam, libertam do velho, do pesado, do passado!